Amílcar de Castro (1920–2002) foi um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros do século XX, reconhecido principalmente por suas esculturas monumentais em ferro e aço, além de ter sido um notável gravador, desenhista, diagramador e professor. Ele teve um papel fundamental no movimento neoconcreto brasileiro.
Nascido em Paraisópolis, Minas Gerais, em 8 de junho de 1920, Amílcar Augusto Pereira de Castro mudou-se para Belo Horizonte em 1935. Embora tenha se formado em Direito em 1945, sua paixão pelas artes o levou a frequentar cursos livres de desenho e pintura com Alberto da Veiga Guignard e escultura com Franz Weissmann na Escola de Belas Artes.
Ele iniciou sua carreira trabalhando com arte aplicada, inclusive sendo o responsável pela reforma gráfica do Jornal do Brasil nos anos 1950, o que revolucionou o design de jornais no Brasil.
A obra de Amílcar de Castro é marcada pela clareza de linhas, equilíbrio e pela interação com o espaço. Suas esculturas são notáveis por sua técnica de "corte e dobra" a partir de chapas planas de metal (ferro ou aço corten). Essa abordagem resultava em obras tridimensionais que desafiavam as noções tradicionais de escultura, integrando-se aos princípios do neoconcretismo, movimento do qual foi um dos signatários do manifesto em 1959.
Ele buscava a essência da forma, transformando materiais industriais em expressões artísticas refinadas, criando uma tensão visual única entre a massa do material e o espaço vazio ao redor.
Suas esculturas, muitas vezes em grande escala, podem ser encontradas em espaços públicos e coleções importantes no Brasil e no exterior. Uma de suas esculturas de ferro está localizada na Praça da Sé, em São Paulo.
Amílcar de Castro também teve uma carreira dedicada ao ensino, lecionando na Escola Guignard e na UFMG.
Ele faleceu em Belo Horizonte em 21 de novembro de 2002.
Serigrafia

