Roberto Burle Marx (1909-1994) transcende a definição de paisagista; ele foi um artista plástico visceral que utilizou a própria Terra como sua tela definitiva. Suas obras, sejam elas jardins monumentais ou pinturas a óleo, são um testemunho de sua crença na natureza como material bruto para a expressão modernista. Burle Marx libertou o paisagismo brasileiro do formalismo europeu, introduzindo o uso audacioso de massas de vegetação tropical nativa, criando formas orgânicas e sinuosas que espelham a exuberância e o movimento da paisagem nacional. A vibrante paleta de cores de suas plantas e os desenhos abstratos de seus canteiros não são meros adornos, mas composições estruturadas que ressoam com a abstração geométrica e a arte concreta de seu tempo.
Seus desenhos e estudos para projetos de paisagismo, como o Aterro do Flamengo ou o Calçadão de Copacabana, são peças de arte autônomas, onde a linha e a cor preveem a experiência espacial. As pinturas e tapeçarias, por sua vez, funcionam como um microcosmo de seus jardins, explorando a tensão e a harmonia entre o orgânico e o rigor geométrico, transformando elementos botânicos em pura forma abstrata. Esta é uma oportunidade imperdível de adquirir um pedaço da história da arte e do design, um registro de como o modernismo brasileiro se manifestou em sua forma mais integrada e ousada.
Investir em Burle Marx é garantir um legado de inovação estética e responsabilidade ecológica. Sua obra não apenas moldou a identidade visual das principais cidades brasileiras, mas também elevou o paisagismo à categoria de arte maior. Ele nos ensinou que um jardim é tanto um museu a céu aberto quanto uma obra em constante evolução, e essa mesma vitalidade pulsa em cada uma de suas composições bidimensionais. Testemunhe a maestria de um artista que desenhou o Brasil moderno, conectando a natureza selvagem com a sofisticação da arte de vanguarda.
80x70cm [VENDIDO]

